cavaleiro
Olhei para o mendigo e vesti-o de cavaleiro.
Com a espada e montado no cavalo, o mundo pareceu-me mais justo.
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Olhei para o mendigo e vesti-o de cavaleiro.
Com a espada e montado no cavalo, o mundo pareceu-me mais justo.
é uma habilidade recente. Em convívios públicos assisto a caldosas conversas que me parecem radiografias e que tenho muita dificuldade em saber se é autenticidade ou solidão, não tenho como saber, mas arrepia-me. E esta facilidade é transversal, não é só atitude de gente nova – o que poderia ser imputado à maior frequência académica, que realmente existe, que dá segurança e muitas fontes de inspiração a quem se exprime – é de pessoas de todas as idades.
Em dias optimistas penso que somos mais cidadãos, mais conscientes da nossa responsabilidade no nosso canto e a nível mundial. A preocupação com o ambiente e as guerras é, de facto, um elo de ligação entre todas as pessoas de bem. Temos maior consciência de que também fazemos parte da solução, tanto no dia a dia como nos órgãos que apoiamos quando a isso somos chamados. É verdade.
Mas hoje não estou nesses dias.
Hoje, estou no dia em que penso na amizade. Começa por uma forte empatia, mas muito cautelosa, porque temos medo de estragar, não queremos decepcionar aquela pessoa, não a queremos perder e, por isso mesmo, não lhe contamos logo tudo, para que não fuja de nós. Depois é um longo caminho de partilha, de atitudes, de confidências, de alegrias e de mágoas também. A intimidade que se vai criando gera a lealdade, um patamar elevado de respeito, difícil quase sempre, mas absolutamente compensador. Nunca queremos deixar de estar na vida uns dos outros. Quando este querer se perde e temos, apenas, uma simpatia asséptica, ficamos, assim, com esta fluente convergência de sociabilidade.
A leveza não tem mal nenhum, mas abençoados sejam os meus amigos.
Já não há água a correr pelos lábios de metal dos leões e nem sei quando parou. Também não sei se saciou a sede a alguns dos tantos escravos que ali trabalharam.
Este é o resultado.
Mas penso muito nos caminhos.
em que tudo o que é dito ou pensado, é uma oração