desmerecendo a chuva, fora de agrado e de estação,
ela trazia um sorriso quente e
numa das mãos um malmequer.
e eu, apática, elegi-a
a minha alegria do dia.
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ela trazia um sorriso quente e
numa das mãos um malmequer.
e eu, apática, elegi-a
a minha alegria do dia.
pintura a óleo, Rui Couto
Dependendo do critério, temos
memórias de uma nação com raça,
mar, mar largo, o Atlântico, a suavizar o declive das encostas,
sol generoso e sorridente
e concertos ao luar.
Também temos futuro.
Ciência, artes, tecnologia, agricultura e pescas,
embora algumas se desenvolvam apenas na óptica de utilizadores.
Também temos dívida pública (para além da privada),
pouco dinheiro para investir em tantas necessidades,
principalmente na educação, porque atrás disso vem tudo.
Criatividade, cidadania, emprego e sustentabilidade. Independência.
pintura a óleo, Rui Couto
é dar liberdade aos outros
sobretudo aos que amamos.
Não tem a ver com andar despenteada ou descalça,
nem com teorias de correr o mundo de braços abertos.
Também pode.
Mas ser livre no coração e aceitar as escolhas,
que não nossas,
é que nos dá o verdadeiro sabor da liberdade.
E, como diz o poeta,
que tudo seja eterno, enquanto dure.
De preferência, se for bom, que dure muito tempo.
quase ao acaso, porque qualquer linha é preciosa
… Mas a página em branco é a melhor de todas, a mais credível eternamente e a que mais conta porque nunca acaba, e na qual tudo cabe, eternamente, até os seus desmentidos; e o que esta não diga ou diga, portanto (porque ao não dizer já diz alguma coisa num mundo de infinitos dizeres simultâneos, sobrepostos, contraditórios, constantes e esgotantes e inesgotáveis), poderá ser acreditado em qualquer tempo, e não só no devido tempo para ser acreditado, que por vezes é nada, um dia ou umas horas fatais, e outras é muito comprido, um século ou vários, e então nada é fatal porque já não há quem averigue se a crença é verdadeira ou falsa, e aliás não importa a ninguém quando tudo está nivelado. …
A pobreza é desoladora, já sabemos, e parece eterna. É uma roda maluca a girar em dentes gigantes cheios de falhas e de pedregulhos que, a haver saída digna, nem se dá por ela. As soluções que vão aparecendo, como reclames luminosos, são para piorar o que já basta.
Nuno Lopes é uma inspiração, como sempre. Transpira autenticidade em qualquer trabalho. Aqui, batalhador e empenhado não perde o norte, protegendo, como pode, o filho e a mãe do miúdo. Para além disso e apesar do caos, não perde humanidade, sendo-lhe complicado cumprir ordens sacanas e implacáveis.
A história termina da melhor maneira possível. Pai e mãe, abraçados e cúmplices, inventam força no amor e na alegria de estarem juntos.