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do paraíso ao inferno Vicentino
Abílio de Mattos e Silva e José Carlos Barros
Gostei. Tem imagens muito bonitas e acho corajoso fazer este género de filme em que se mostra, de maneira entendível, uma narrativa tão antiga mas que importa conhecer porque faz parte da nossa historia como nação.
No entanto,
para mim, a peregrinação é a viagem que continuo a fazer sempre que ouço, e faço-o com regularidade, as músicas de Por este rio acima, do Fausto. Grande inspiração, enorme trabalho e um excelente resultado. A encantar-me desde 1982.
há uma menina que, quando se zanga, fecha os olhos para apagar a luz a toda a gente e que quando acorda de um sonho com alguém que conheça, fica a olhar cúmplice e matreira, porque sabe que também eles estão ao corrente do que aconteceu.
Há uma mulher, que volta e meia, inala profundamente para recolher as inocências que andem no ar.
A homenagem e o adeus a Harry Dean Stanton
A velhice não fica bem a ninguém. A magreza e a fragilidade também não. A morte está muito próxima, é triste e não tem apelo.
Sempre gostei do Harry Dean Stanton como actor mas custou-me muitíssimo ver o filme. Sabemos que a vida é finita mas, ainda assim, assistir àquelas conversas e pensamentos tão lúcidos e sem saída doeram-me mais do que supunha.
Resta-nos sempre o sorriso.
Perante tudo e em qualquer situação. Sorrir. Como a menina na guerra.
Finalmente a Júlia e o Henrique aparecem sorridentes, cúmplices e disponíveis. Atentos um ao outro. E aos outros. Agora que amoleceram as exigências de muitos sonhos sonhados, caíram no abandono da banalidade e são uns amores. Conclusão a que chegou Dona Lourdes, presença atenta no café da praceta, que explica as origens das antigas e permanentes implicâncias com a responsabilidade que ambos assumiam pela felicidade do outro.
As obsessões, de facto, ocupam muito espaço. Megabytes.