numa tarde quase de Verão
conversam amenamente duas amigas, sobre o que de mais importante se pode falar naquelas idades, filhos e maridos. Dizia uma que ele já lhe tinha apresentado a nova namorada mas que, a pretexto de combinarem os assuntos dos filhos, lhe telefona três a quatro vezes por dia. Nisto toca o telemóvel e depois de ter olhado ela confirmou, por falar nele, mas não vou atender. Ele que, na partilha das coisas da casa, até levou a almofada da cama. Que mulher admite que ele traga a almofada da antiga cama? Realmente.
Depois, e ainda quente de tanta indignação, saltou para as notícias de vigarice que tem assombrado o passado radioso e inteligente dos senhores importantes do nosso país. Era tirar-lhes tudo e pô-los com o ordenado mínimo enquanto vivessem.
Gostei.
Não me meti na conversa porque, para além de já ter idade para ser mãe delas, o foco passaria a ser a minha intrusão e, assim, tivemos todas uma tarde bonita.