Ainda estou no ambiente do Bairro Amélia, subúrbios habitados pela pobreza e marginalidade e por gente que ali esgota o corpo e a alma. Esfarrapados, magros, obesos, violentos ou ingénuos, ninguém passa da cepa torta, cumprindo a sobrevivência e os sonhos que todos temos.
A pobreza é lixada, parece-me um paralíptico a querer correr, não consegue sair do sitio. Apesar das intervenções da Câmara a transformar lameiros em piscinas e apesar das intervenções da Assistência Social. O ambiente é atamancado e perpétuo.
Bem escrito e necessário.
Nem de propósito, nestes dias, decorreu a audição do nosso muito rico e apadrinhado senhor comendador na Comissão Parlamentar e custa a crer. Que falta de vergonha.
Volto a pensar que o Estado deveria, em casos de corrupção e roubo, ficar com todos os bens e, talvez, a título de ensaio, pôr esta gente a viver num dos vários Bairros Amélias que por aí existam.