a inocência guardada
pintura a óleo, Rui Couto
a sete espadas, fechaduras e cadeados. O que seja.
É preciso.
Tantas crianças retiradas às suas famílias por não serem devidamente cuidadas e protegidas. A terem de ser, ainda tão meninas e meninos, astuciosos, prudentes, sobreviventes e já desprovidos de ingenuidade.
Quero acreditar que um dia, mais tarde, sejam eles próprios a criar e a proteger uma bolsa de inocência. Um lugar, junto ao coração, limpo de más memórias e de livre entrada para os seus sonhos e esperanças.
Preciso de acreditar que vão desenhar uma cábula bonita na palma da mão.