Alice Rohrwacher, Feliz Como Lázaro
É revelador dos tempos que vivemos ver este filme. É necessário recorrer às fábulas, como a queda de um penhasco não implicar a morte, para que a doçura e generosidade do rapaz Lázaro, que na comunidade é visto como tolo, ser compreendida e aceite.
Envolvente com a capacidade de sofrimento dos que menos podem e com a resistência que fazem à mudança, sempre precária e sobrevivente tem, quanto a mim, um momento altíssimo, quando a música que se ouve numa igreja abandona o órgão porque a bondade se afasta e vai atras da autenticidade de Lázaro.
Muito bonito.