menina sai da janela
pintura a óleo, Rui Couto
aceita o meu convite e vamos passear a pé ou de bicicleta. Vamos falar.
Andas confundida com a leviandade com que se fala de generosidade e de condescendência, como se fosse o mesmo gesto.
Eu sei.
Também não compreendo o orgulho com que se pormenoriza a prática da caridade
nem as listas de espera para se ser voluntário em tantas áreas – é o que me dizem.
Em vez do devido fica a obrigação de agradecer, para sempre. Porque as soluções de fundo estão aguadas.
Anda, vamos andar de bicicleta, sentir o ar na cara e no cabelo e rir de qualquer coisa a que vamos achar graça ao mesmo tempo.