nascida em agosto
é engraçado, sem dúvida, porque agosto não é um mês qualquer. É o mês das ânsias.
Leva-se o ano inteiro a adiar o descanso de dormir até sei lá a que horas, o prazer de estar com estes ou aqueles, de ler com continuidade o tal livro de muitas páginas, de ir para a praia ou campo com o tal pôr do sol e muitos outros desejos que só em agosto serão concretizados. Eis agosto, com muito calor ou vento, com alguém constipado, na melhor das hipóteses porque qualquer problema grave ocorre quando calha, nestes tempos acrescenta-se a quarentena do vírus, ou avarias que também não costumam fazer marcação e agosto passa a ser o mês da decepção. Tanto que se merecia e tanto que se evaporou.
Sei bastante de decepções em agosto porque é o que me contam quando, finalmente, se lembram de me dar os parabéns. Também acontece receber fora do dia, é o mais comum, sabem que tem a ver com calor e com as férias e, no fim de contas, o que interessa mesmo é lembrarem-se.
Recuando à minha escola primária é com um sorriso que escrevo que gosto muito do mês de agosto.