no meu quarto
pintura a óleo, Rui Couto
há uma grande cumplicidade entre a menina e a mulher adulta. Pode parecer conflituoso, mas não, não é.
Entre as corridas desvairadas de cavalinhos brancos fugidos de um carrossel mágico, que se enredam em preocupações com doenças, guerras e mágoas, há uma consciência que se reflecte num sorriso e que recentra a vida no que é realmente importante.
E é sempre com a ajuda da infância – e do seu imaginário – que as dores se esbatem.
No final do dia, com ingenuidade e cansaço, dão as mãos e entendem-se.