Reformei-me
há cinco meses e tenho 57 anos. Foram quase quarenta e três anos de trabalho, horários e disciplina. Alguns anos a trabalhar e a estudar. Foi bom mas estou muito contente por, em consciência, sentir que mereço esta liberdade.
Ainda, e digo ainda, porque, ao que parece, estou em euforia, hei-de passar à fase sensata e inscrever-me em aulas de ginástica, história, cerâmica ou viagens aos museus e monumentos nacionais, pois ainda não me apetece nada disso. De obrigatório só quero estar mais presente na vida de quem amo, ter disponibilidade para novas companhias e tomar café em esplanadas.
Mas somos muito dinâmicos, aguardemos.