virar de página
pintura a óleo, Rui Couto
volta sempre mais um dia em que a realidade nos sufoca.
Quando a lucidez não aclara, mas, em vez disso, cega. E ficamos sem a distância necessária para ver.
E, nesse dia, só procuramos o belo. Na natureza e nas pessoas.
Descobrimos, então, mais uma vez, a beleza nos elementos imutáveis da vida
e comovemo-nos com a simplicidade de olhar para o mar,
renascendo no sorriso autêntico de alguém que passa.